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sábado, 3 de setembro de 2011

Momento DC: Sumiço de R$ 51 milhões dos caixas da Celesc chamam a atenção.



   O que ameaça o futuro da Celesc é o seu passado. Documento de 28 de abril de 2011, assinado pelo Conselho Fiscal, aponta o sumiço de R$ 51,7 milhões do caixa da estatal. Segundo apurou a consultoria KPMG, contratada pela atual diretoria, o montante foi transferido para a empresa Monreal – Corporação Nacional de Serviços e Cobranças, entre maio de 2006 e dezembro de 2009. O relatório aponta que a estatal não tem “registros ou documentos que comprovem ou evidenciem a equivalente prestação de serviço”.

   Empresa contratada para cobrar faturas vencidas há mais de 90 dias, a Monreal teve o contrato alterado e passou a cobrar faturas vencidas depois de 45 dias, o que englobava a maioria dos inadimplentes. No período dos pagamentos, a presidência da Celesc era exercida pelo atual vice-governador do Estado, Eduardo Pinho Moreira (2007-2009), e Miguel Ximenes de Melo Filho (2005-2007).

   Maior acionista individual da Celesc, Lirio Parisotto denunciou a prática no ano passado. Este ano, a nova diretoria contratou a KPMG para revisar as operações de cobrança realizadas pela Monreal. O memorando do Conselho Fiscal, que o DC recebeu em correspondência anônima, foi confirmado como verídico por várias fontes e resume a apuração da KPMG, detalhando o que Parisotto já dizia.

   Apesar disso, o clima no Conselho de Administração da Celesc não poderia ser melhor. Os resultados de oito meses da equipe do presidente Antonio Gavazzoni são positivos e agradam aos conselheiros. Além do documento, os próprios números da nova gestão revelam diferenças com relação a administrações passadas.

   – Hoje existe uma equipe, liderada pelo Gavazzoni, que faz uma gestão transparente. Os problemas estão sendo equacionados, um passo após o outro. As dificuldades são enormes, porque a companhia estava longe das melhores práticas de gestão. Agora, estamos caminhando em direção a elas – diz Arlindo Magno de Oliveira, representante da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) no conselho da Celesc.

   Ninguém na estatal comenta o documento do Conselho Fiscal. O assunto tramita em sigilo. O que é amplamente discutido são os números da Celesc, que teve lucro líquido 85% maior em 2011, reduziu custos e ações emergenciais sem licitação e prepara um plano de investimento de R$ 1,7 bilhão para o período 2011-2015. As medidas precisam adequar a estatal às exigências da empresa referência (criada para estipular parâmetros de eficiência) da Aneel para garantir a renovação da concessão em 2015.

   Procurado pela reportagem, o vice-governador Eduardo Moreira passou a sexta-feira sem sinal no celular e não respondeu aos três recados gravados na caixa postal. Segundo sua assessoria, ele estava em viagem ao município de Sul Brasil.





Fonte: Diário Catarinense.

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